Café & Resenha | Se Pudesse Contar as Estrelas, para onde vão as crianças que nunca nasceram?
Desvendando os mistérios da Terra do Nunca
Olá, pessoa do outro lado da tela! Tudo bem?
A news de hoje é uma resenha totalmente dedicada ao livro que terminei na semana passada. O título é intrigante e, para alguns, até polêmico.
Lembro que no ano passado, precisei dormir na casa de uma amiga depois de um casamento de alguns amigos nossos, no dia seguinte, enquanto preparávamos o almoço, entre tagarelices e muita risada, ela comenta sobre o livro “Se pudesse contar as estrelas”.
“Tô lendo um livro e acho que vai gostar! É uma releitura da história do Peter Pan, tem aventura e um desenrolar emocionante” — foi mais ou menos assim. Ela foi me contando a premissa e sobre como era o andamento da história e rapidamente fui fisgada pela obra de Becca Mackenzie.
A premissa
O livro começa contando a história de Alison Rivers, uma garotinha de apenas 9 anos de idade que se vê em uma situação intrigante e assustadora. Certo dia, ela acorda em meio a um lago, lutando para não se afogar e sem lembranças de sua identidade ou do que a levou até ali. Por sorte, um grupo de crianças a resgata e a leva para uma instituição peculiar, onde ela recebe uma explicação surpreendente: está na Terra do Nunca, um lugar habitado por aqueles que nunca nasceram. Nesse mundo estranho e encantador, Alison se vê desprovida de qualquer lembrança, pois, afinal, não há nada para ser lembrado. No entanto, conforme a menina começa a se familiarizar com sua nova realidade, ela esbarra em segredos que não deveriam ser revelados. Essas descobertas proibidas despertam nela um desejo irresistível de questionar tudo o que lhe foi dito sobre sua própria existência e o propósito de sua presença na Terra do Nunca.
Contudo, na Terra do Nunca, questionar é um ato perigoso que pode desencadear consequências irreversíveis. Apesar dos avisos e das ameaças veladas, Alisson se vê diante de um dilema: permanecer na ignorância ou arriscar tudo em busca da verdade. A sua decisão moldará não apenas o seu destino, mas também o destino de todos ao seu redor.
O desenrolar
A narrativa é, sem dúvidas, uma história de formação. Há vários momentos que nos pegamos pensando: “Meu Deus, o que essa menina está fazendo?, “Por que só faz ‘M’?”. E logo depois nos lembramos que é apenas uma menina, e uma menina que não teve pais, que precisou ser adulta na marra. Na Terra do Nunca, as Crianças Perdidas precisam aceitar seus destinos: passar de vila em vila, de casa em casa, ter um trabalho e é isso. Mas Alison queria mais, queria descobrir quem é, perdoar sua mãe e entender o porquê tudo isso aconteceu.
Acompanhar a história dessa menina, nos faz pensar que a jornada do herói não é composta apenas por acertos, mas também por erros que nos aproximam do propósito. Ao ser conduzida para as últimas páginas, meu coração palpitava com muita rapidez e minha respiração muito ofegante, descobrir que fim levaria a missão da Alison me fazia quase ler em pé, de tanta ansiedade. E como terminou? Você precisa baixar para saber (HA!). Segredo: link está no final da news.
A mensagem
Fico verdadeiramente impressionada com a habilidade da Becca Mackenzie em criar um mundo de imaginação tão rico e envolvente em sua obra. Se Pudesse Contar as Estrelas é um exemplo fascinante dessa capacidade singular. Me fez lembrar bastante de “O Hobbit”, de Tolkien, onde temos um mapa, um calendário, uma cultura diferente, etc. É encantador.
A mensagem central da história, que ressalta a importância de manter viva a chama da infância em nossos corações, reverbera de forma impactante em cada capítulo. É notável como a Becca consegue explorar questões tão profundas, como a insegurança, a identidade, a orfandade e a busca pela liberdade, por meio de uma narrativa tão envolvente.
Se Pudesse Contar as Estrelas não é apenas uma história; é uma reflexão inspiradora sobre a esperança, coragem e autodescoberta. É um daqueles livros que te faz pensar: “Uau, como alguém pensou isso?”.
A escrita de Becca Mackenzie
Fazia um bom tempo que eu não lia um livro de aventura que me prendesse como Se pudesse contar as estrelas me prendeu. A escrita da Becca é uma verdadeira obra de arte em movimento, capaz de envolver e emocionar de uma maneira que é simplesmente impossível permanecer indiferente. A cada página virada, somos levados por um turbilhão de emoções, sem poder escapar do impacto avassalador de suas palavras.
É como se cada frase fosse cuidadosamente entrelaçada, formando um tecido de significados profundos e conexões surpreendentes. Ao longo da leitura, somos cativados por uma narrativa que flui com uma naturalidade cativante, nos transportando para um universo onde cada detalhe é importante e cada cena é essencial para o desenrolar da trama.
E que trama! Somos presenteados com uma história que vai muito além das páginas do livro, alcançando nossos corações e despertando reflexões profundas sobre a vida, o destino e o poder da fé. Há momentos em que nos vemos rindo com as peripécias dos personagens e, em seguida, nos encontramos lutando contra as lágrimas diante das provações que eles enfrentam.
Mas o que mais impressiona é a habilidade da autora em criar um universo tão rico e complexo, onde cada elemento se integra perfeitamente no todo. Não há espaço para coincidências ou lacunas na narrativa de Becca; tudo está meticulosamente planejado e executado, desde o primeiro parágrafo até o último ponto final. Até a forma de narrar muda, começando com uma menina de 9 anos e finalizando com uma de 20 anos. (ou 21, agora não me lembro).
Ao fechar o livro, somos deixados com uma sensação de plenitude e gratidão, sabendo que acabamos de vivenciar uma experiência que ficará gravada em nossa memória para sempre. A Becca nos lembra do poder transformador da ficção cristã e nos faz desejar que ela conquiste o espaço que merece, tocando os corações de cada vez mais leitores ávidos por uma boa história.
💌 Becca, se você está lendo isso, quero ser uma escritora corajosa como você! :)
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Até a próxima página,
Ana.